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A Embrapa divulgou um estudo que comparou diferentes sistemas de fornecimento de ração para suínos nas fases de crescimento e terminação, com foco na eficiência alimentar.
O estudo revelou que o sistema com robô, oferecendo ração no trato inferior, apresentou uma conversão alimentar de 2,781, significativamente mais eficiente do que o sistema tulha, que teve uma conversão de 2,947.
CLIQUE AQUI e leia o comunicado completo da Embrapa.
Essa diferença reflete:
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• Economia de 0,166 kg de ração por kg de carcaça produzida;
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• 14,94 kg de ração economizados por animal;
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• Redução de R$ 26,89 no custo de alimentação por animal, considerando o valor de R$ 1,80/kg de ração.
Este estudo destaca a importância da automação na suinocultura, evidenciando a economia de recursos e a melhoria da eficiência no processo produtivo. Leia essa matéria até o final para saber como o estudo foi feito e mais informações sobre o comunicado técnico.
Qual foi a metodologia utilizada no estudo divulgado pela Embrapa?
O estudo divulgado pela Embrapa Suínos e Aves foi conduzido entre 2022 e 2024 por pesquisadores experientes na área de Zootecnia e Suinocultura. O estudo monitorou 3.940 lotes de suínos nas etapas de crescimento e terminação.
Desses, 2.957 lotes foram destinados ao mercado externo, sendo alimentados sem ractopamina para atender às exigências internacionais. Outros 983 lotes, direcionados ao mercado interno, utilizaram ractopamina no processo de produção.
A metodologia adotada comparou cinco sistemas de fornecimento de ração, destacando os benefícios do sistema com robô no trato inferior.
Animais alinhados recebendo nutrição através do ROBOAGRO
Quais foram os sistemas de alimentação analisados pela pesquisa?
Voltando-se às fases de crescimento e terminação, o objetivo do estudo foi avaliar os principais índices de produtividade em diferentes sistemas de alimentação de suínos.
O foco consiste em analisar como esses sistemas impactam indicadores relevantes para a agroindústria, como ganho de peso, conversão alimentar e consumo de ração.
Sendo assim, os seguintes modelos de distribuição de ração foram considerados:
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• Ração controlada com comedouro linear e dosador;
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• Ração controlada com fornecimento manual em comedouro com tampão;
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• Robô com quatro tratos diários e fornecimento na parte inferior do comedouro;
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• Robô com quatro tratos diários e fornecimento na parte superior frontal da baia;
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• Comedouro tulha (inox ou cônico) com alimentação à vontade.
Abaixo, você pode acompanhar os resultados para estes diferentes sistemas de alimentação de suínos.
Quais conclusões podemos extrair do comunicado técnico da Embrapa para o mercado interno?
O estudo revelou diferenças nos sistemas de fornecimento de ração para suínos no mercado interno, onde é utilizado o suplemento ractopamina.
No sistema tulha à vontade, os suínos apresentaram o maior consumo diário de ração. Por outro lado, o sistema robô trato inferior destacou-se, alcançando uma conversão alimentar de 2,781, representando uma economia de 0,166 kg de ração por kg de carcaça produzida.
Os dados mostram, ainda, que um único robô, atendendo até 3.000 suínos e operando em três lotes anuais, proporciona uma economia superior a R$ 242 mil em comparação ao sistema tulha à vontade, evidenciando sua viabilidade econômica.
Distribuição precisa e programada de ração com o ROBOAGRO impede competição nas baias.
Outras conclusões: redução da taxa de mortalidade e bem-estar animal
Além da redução dos custos, o robô com trato inferior contribui para uma melhor gestão da saúde animal. No sistema tulha à vontade, a mortalidade foi significativamente mais alta, possivelmente devido à dificuldade em identificar e tratar precocemente suínos doentes.
Os demais sistemas, incluindo o robô, apresentaram taxas de mortalidade mais controladas, reforçando o impacto positivo do manejo adequado e da ambiência no bem-estar animal.
Os resultados confirmam que a escolha do sistema de alimentação influencia diretamente a eficiência zootécnica e econômica da granja, sendo o sistema robô trato inferior uma alternativa superior em produtividade, saúde animal e redução de custos operacionais.
Por que o sistema de alimentação controlada com robô teve melhores resultados?
O sistema de alimentação controlada com robô (trato inferior) teve melhores resultados devido a diversos fatores que otimizam a eficiência produtiva e o manejo dos animais. Conheça-os abaixo.
Controle preciso da ração
O robô ajusta a quantidade de ração distribuída de acordo com as necessidades dos suínos, evitando desperdícios e promovendo um consumo mais eficiente.
Monitoramento constante e individualizado
O robô e sua plataforma integrada permitem acompanhar de forma mais detalhada o comportamento alimentar dos animais, facilitando a identificação precoce de problemas, como doenças ou estresse, que podem impactar o desempenho zootécnico.
Melhor conversão alimentar
No estudo, o sistema robô com trato inferior apresentou uma conversão alimentar significativamente mais eficiente. Isso ocorre porque o controle da alimentação minimiza o consumo excessivo e maximiza a absorção de nutrientes.
Redução com custos operacionais
A economia de ração, aliada à menor mortalidade, reduz diretamente os custos de produção.
Ganhos em ambiência e bem-estar animal
A alimentação controlada reduz disputas e estresse entre os suínos, melhorando a ambiência nas baias e favorecendo o ganho de peso de forma mais uniforme.
Esses fatores demonstram que o uso de robôs no fornecimento de ração não apenas melhora os índices de produtividade, como também torna a operação mais sustentável e economicamente viável.
Os resultados do estudo da Embrapa reforçam a viabilidade econômica do sistema de alimentação controlada com robô, colocando a ROBOAGRO como referência em inovação para a suinocultura.
O ROBOAGRO, comprovadamente, otimiza a conversão alimentar, reduz os custos operacionais e melhora o manejo e o bem-estar dos animais, atendendo tanto às demandas do mercado interno, quanto externo.
Publicado em 11/02/2025